Blog do Paullo Di Castro


segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Dinheiro ainda não compra tudo...

Sempre achei que os atletas de vários esportes, em especial os top de linha ganham muito mais que o merecido, que o justo, principalmente que o equivalente ao trabalhador normal. Que os salários poderiam ser diferenciados, afinal de contas tem o glamuour da profissão, que nos causa interesse e nos entrete, tudo bem, mas as diferenças nas cifras são tão gritantes que não consigo achar natural o mundo milionário dos esportes.

Quando a gente acha que só os jogadores de futebol ganham mais, vale lembrar que dentro da Fórmula 1, do golfe, do tênis, da NBA, dentre outros, os salários muitas vezes passam com tranquilidade os de boleiros. Mas como acompanhamos mais a pelota, e pelo fato dela ser o maior esporte do mundo, tanto em atletas, como em estrutura, popularidade, etc; o din-din mais concentrado não fica de fora. O mercado europeu se diferencia na qualidade do próprio futebol e é claro, nas finanças. Já uma nova potência monetária é o Oriente Médio, conduzido por príncipes que levam craques por muitos barris de petróleo, porém, não alavancam o futebol de lá, servindo de paradeiro aos que não tem boas propostas do velho continente, mas não querem perder a chance de faturar alto.

Essa semana eu perdi toda a minha noção do que é dinheiro, após a proposta do Manchester City por Kaká, era um tal de converter euros em dólares, dólares em real, que a cabeça confundia muito!

Parecia a maior transação disparada do futebol mundial, algo inimaginável entre todos os mega-milionários do mundo da bola, mas, depois de tirar Robinho do Real, a nova potência britânica fez três propostas diferentes para o maior jogador brasileiro em atividade, as principais mídias davam como certo a transferência, houve barrigadas inclusive do site do presidente do Milan, Silvio Berlusconi. Mas cabia a Kaká a resposta final e ela incrivelmente foi NÃO!
O craque disse que ouviu o coração, que sua família sempre esteve ao seu lado em todas as decisões, e assim ele não tinha razão pra sair do Milan. Em tempos em que o capital sempre fala mais alto que a identificação pelo clube, mais uma vez Kaká surpreende o mundo com suas atitudes nada convencionais para o seu status de ídolo/galã. Seus princípios e valores cristãos com certeza influenciam nessas decisões, muito mais que o dinheiro.
Sim, $ para ele não é problema, tá com a vida resolvida por 3 gerações no mínimo, só na publicidade o faturamento muitas vezes ultrapassa o que se ganha no clube, mas seguindo a cartilha do mundo das quatro linhas ele se destacou de tal maneira que é merecedor de suas glórias, conquistas e resultados em campo e fora dele.

A seleção o espera para nos dar muitas alegrias ainda, a menos que alguém invente um quadrado mágico ou coisas do tipo...




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