Blog do Paullo Di Castro


segunda-feira, 1 de junho de 2009

Chance de ouro jogada na lixeira...




É muito decepcionante ver a capital mais verde do Brasil de fora das cidades sedes da Copa. Nossa organização foi tímida, apoios importantes como o de Henrique Meireles e do Banco Itaú vieram, mais era tarde, e com certeza o que mais contou foi a falta de influência política de nosso governador pacatão e de nossos senadores, que mesmo um sendo o vice-presidente da casa, não conseguem o merecimento devido à nossa cidade e ao nosso histórico no desporto nacional, em detrimento a estados que não são ninguém no futebol brasileiro e sediarão jogos.


Se o ex-presidente da Federação Goiana de Futebol, Wilson da Silveira fosse vivo, ou Maguito Vilela o governador de Goiás, Goiânia estaria dentro, por mais que não os aprecie, eles tinham voz na CBF e não deixariam essa disparidade acontecer. Os governadores do Mato Grosso e do Rio Grande do Norte com certeza são grandes parceiros de Ricardo Teixeira, o usurpador do nosso futebol que escolheu as sedes ao seu bel prazer, tirando vantagens de cada cidade, trocas de favores, conchavos, aquilo que a politicagem faz de pior.


A idéia de sede do pantaneira já foi ridícula, deixando Goiânia com menos chance, quando foi concorrer com Florianópolis já temíamos a força sulista ser maior que a nossa, mesmo ela sendo uma ilha que teria sérias difculdades de sediar os jogos. Depois veio Natal, uma cidade bem menor que as demais, que encheu o nordeste de sedes e que tem só o turismo e a proximidade com a Europa de vantagens.


Se fosse anunciada, Goiânia iria aumentar a rede hoteleira, duplicar várias rodovias no estado, gerar milhares de empregos, um aeroporto novo, o Serra Dourada, já belo como é mais moderno e com totais condições de tráfego e estacionamento (que é o maior de estádios do Brasil). Só temos a perder tudo isso, Caldas Novas anda receberá muitos visitantes, mas será em bem menor proporção com Goiânia fora.


Uma chance mínima é uma das cidade não cumprir o cronograma de obras e ser substituída, mas é bastante inviável, inclusive porque o número de 12 já é muito, 10 seriam suficientes. O projeto que foi mais elogiado foi o de Rio Branco, no longínquo Acre, um enfoque ecológico fantástico que não será repetido da mesma forma em Manaus, por mais estrutura que tenha a cidade, mas como os projetos e as potencialidades das candidatas não eram fatores determinantes... Nós goianos só temos a lamentar.


Nossa economia deixará de lucrar muito, com as obras que iriam ser feitas, como a do Aeroporto, que nos envergonha atualmente como um dos piores do Brasil, e o novo não foi construido por pura roubalheira. A rodoviária, que até abriga shopping é bem melhor, exceto finais de semana que mistura-se com a Feira Hippie e o comércio local deixam o local intransitável, mas a sucata que é o nosso aeroporto não ajudou em nada o que seria o maior passo para o desenvolvimento de Goiás.


Prêmios de consolação não servirão, amistosos aqui farão atestado de incompetência, bem como ser repouso para seleções da mesma fora, nunca achei que a proximidade com Brasília foi problema para Goiânia ser eleita, mas essa sede trará muitos turistas para Goiás, o que seria aumentado inúmeras vezes se a capital do estado estivesse abrigando a disputa. Bom progresso para as cidades escolhidas, e boa reflexão para as perdedoras.


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