Blog do Paullo Di Castro


sexta-feira, 23 de abril de 2010

Novos Elefantes Brancos?

Goiânia 10 anos atrás vivia sob promessas de um aeroporto novo, dois estádios reformados e um autódromo restaurado. Uma década se passou, e não vemos nenhuma dessas mudanças.
O novo aeroporto não saiu por uma série de fraudes em licitações, e vamos convivendo com o ultrapassado Santa Genoveva, considerado o pior das capitais do Brasil. O estádio Serra Dourada está fora da Copa de 2014, com grama nova mas com grandes problemas estruturais, o estádio Olímpico, que já recebeu Pelé e Garrincha, no momento merece ser chamado de "Buracão Olímpico" (vide campanha do site Envolva-se), além do nosso autódromo, que tem um dos traçados mais elogiados do mundo, já recebeu O mundial de Moto GP e agora não tem nenhuma corrida de expressão nacional. Desde o século passado estamos empacamos.
Governo vai, governo vem e continuamos a ver nenhuma mudança concreta, só projetos, burocracia e enrrolação. Agora Goiânia não é a única a planejar essas intervenções, nossa vizinha colada está sonhando alto, e quer sair na frente da capital.
Aparecida de Goiânia por muitos anos foi cidade-dormitório, e ainda é, mas já dá passos ousados, ou ao menos sonha, mesmo com gravíssimos problemas de infra-estrutura e sociais, os planos de obras para o futuro parece que ultrapassam a barreira da lógica. Goiânia não dá conta de fazer aeroporto, nem autódromo nem estádio. Agora Aparecida de Goiânia vai conseguir?
É o que promete o prefeito Maguito Vilela. Sua força no segmento esportivo é notória, mas a ousadia de alçar vôos tão altos em Aparecida não cabe muito com a realidade atual. E logo pode se chocar com os planos goianienses, qual será a prioridade nas verbas estaduais e federais?
Para o novo estádio, a parceria com o Goiás Esporte Clube parece até viável, mas vai depender de forte iniciativa do setor privado. Fala-se em 20 mil pessoas, e viaja-se mais agregando Centro de Excelência e Arena multi-uso. Pode ser, mas parece passo maior que a perna.
A conclusão de metade pode trazer inúmeros benefícios, assim como muito super-faturamento, mas e se tudo for por água a baixo com os processos encaminhados? Já é doloroso ver as coisas em Goiânia pela metade, se algo parecido acontecer em Aparecida, o impacto definitivamente não será bom. Precisamos de lugares assim, mas precisamos deles completos.

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