Blog do Paullo Di Castro


terça-feira, 18 de maio de 2010

Não pegou!


No ano passado, em meio ao caos urbano tomando conta do trânsito de Goiânia, os órgãos competentes, cansados de tanta indagação sobre melhorias, lançaram uma inovação que parecia ser uma grande novidade: Um micro-ônibus, só que bem diferente do antigo transporte alternativo.
A novidade contava agora com ar condicionado que funciona, com internet sem fio, com intinerários diferenciados, que faziam integração na Praça Cívica e atendia lugares pouco alcançados pelos ônibus, como condomínios fechados, lugares nobres, visando assim oferecer uma alternativa para as classes média e média alta terem um transporte que passe por seus caminhos, podendo assim deixar o carro em casa. E deixaram?
Um ano depois, a resposta é mais que clara: Um sonoro NÃO. Quem deixaria o seu carro em casa para depender de horários, de pagar uma tarifa muitas vezes maior que o gasto de combustível? Isso parece quase uma afronta ao direito de conforto das pessoas que possuem veículo próprio.
Eu usei o transporte uma única vez, e unicamente por curiosidade. Não fiquei motivado a deixar carro ou ir de ônibus coletivo, mesmo lotado para usar o vulgo “frescão”. Achei para minha realidade frescura demais andar nele.
Para uma pequena fatia da população, ainda é válido, mas infelizmente essa parcela é pequena, e mal justifica os custos que geram. O povão, saindo espremidos dos terminais, assalariados com baixas remunerações, não podem optar pela nova locomoção, tendo que submeter-se aos desconfortos do coletivo. E com as rotas diferenciadas também, não seriam atendidos.
A tentativa foi boa, foi válida pra se tentar atender um público que acaba piorando o trânsito da capital colocando cada dia mais carros na rua. Medidas mais representativas devem ser tomadas. Bato na tecla da ciclovia, com Goiânia plana como é, a viabilidade aumenta, deixando mais uma opção saudável, ecológica e de melhoria no transporte público. No twitter o jornalista Rosenwal Ferreira diz que o modelo aos domingos que existe hoje, só atende uma demanda elitizada. Ele até razão, mas esse início não pode sepultar uma opção que pode melhorar muito a qualidade de vida da cidade, incentivo a bicicleta devem vir do poder público, da iniciativa privada, enfim, de vários setores da sociedade.
A proibição de estacionamento ao longo das avenidas T-7 e T-9 já causou uma melhoria considerável. O fluxo nas avenidas melhorou, trazendo um escoamento maior, o que é mais sentido nos horários de pico. Ponto para a prefeitura.
Diante da baixa demanda do City-Bus, a CMTC decidiu restringir a circulação do mesmo, agora indo só até as 20 horas nos dias de semana e sábado, e parando de vez aos domigos e feriados. É um recuo necessário, que mantém uma linha importante, mas que pouco atende ao perfil da população.
Novas medidas devem ser tomadas, logo um rodízio de carros será uma delas, mesmo com tanta gente com mais de um carro na garagem, já tiraria por dia muitos carros das ruas, com fiscalização adequada, o que deve ser intensificada para coibir qualquer ilicitude que atrapalhe mais o nosso enfadonho trânsito em Goiânia.

2 comentários:

  1. Depois de tanto tempo, ainda não entendo o por que do City-bus ainda estar funcionando...

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  2. É caro Tote, a parcela mínima que ainda usa agradece, mas a grande maioria que passa apertado nos ônibus com certeza não.

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