Blog do Paullo Di Castro


quarta-feira, 10 de novembro de 2010

ENEM: Nossa Educação precisa dele!

Não fiz o ENEM, na minha época parecia de pouca importância, ele já até servia de nota pra entrar em algumas faculdades, as quais não me interessavam. Como era optativo, os estudantes sem muito afinco acadêmico não iam atrás de gastar uma tarde (olha que era só uma) reproduzindo seus conhecimentos de forma não convencional . Se fosse obrigatório era outra história, mas imagina se hoje fosse opcional, já com as confusões que aconteceram nas últimas edições.

Mesmo pulando essa etapa, e com os problemas que o exame teve, ainda vejo que é fundamental se fortalecer o ENEM e se mudar de uma vez as formas de verificação de conteúdo dos estudantes. O decoreba não é mais coerente há muito tempo, com tanta informação chegando nas jovens mentes em formação, brigar pra enfiar conteúdos rígidos não acompanha o processo de compreensão necessário para o raciocínio abrangente que os dias de hoje exige.

Claro que nosso ensino no Brasil ainda de ter estruturas adequadas para servir bem aos alunos, porém, para remediar o que já não se pode prevenir, estimular as crianças desde cedo a serem críticas e flexíveis em diversas correntes de conhecimento é mais válido que a velha tabuada decorada e as inúmeras nomenclaturas, que só viram nomes sem importância em um futuro próximo.

Tanto ano passado como nesse ano, os problemas foram técnicos, erros na elaboração que comprometeram o resultado de um modelo se consolida, e de métodos que podem ser considerados defasados na educação atual. Foram passos atrás dados para uma importante transição entre o tradicional e o moderno jeito de se avaliar e formar um cidadão.

Mais que piadinhas de trocadilho ENEM/ANEM, precisamos pautar a discussão da reforma educacional, de investimentos que não sejam promessas absurdas de campanha como dar um netbook para cada aluno de escola pública, se não melhorar o ambiente de estudo e a bagagem de conhecimento, continuaremos a ter profissionais com déficit profundo em sua formação, preparados para apenas reproduzirem o que outrora decoraram, e não analisarem com perspectiva ampla as vertentes necessárias para um pensamento moderno e embasado.

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