Blog do Paullo Di Castro


quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Meio caminho andado



É difícil descrever a noite de ontem sem ser 100% emoção. Ver o Serra Dourada completamente lotado, todo colorido de verde, com o povo cantando os 90 minutos, depois de uma temporada mesquinha, sem título nenhum dentre os que sempre disputamos, um rebaixamento para coroar tanta incompetência acumulada, e de repente, ao apagar das luzes, estamos a um passo de conquistar o primeiro título internacional.
Claro que a euforia por um bom resultado no primeiro jogo na final não reflete diretamente na preocupação que precisa se ter na derradeira partida, onde enfrentaremos um alçapão argentino do time que mais ganhou competições dessas, mas que ultimamente só vive mesmo do passado.
No jogo em si, o primeiro tempo foi muito bom, o Goiás partindo pra cima, buscando o gol até conseguir achar, o primeiro com o oportunismo do matador He-Man, vulgo Rafael Moura, e o segundo com o renegado Otacílio Neto, que entrou no lugar de Felipe que não vinha jogando nada, e deixou o dele. O meio campo do Goiás, com Marcelo Costa armando bem o time, e Carlos Alberto um leão em campo. Marcão e Tolói resguardaram bem a defesa.
O segundo tempo foi de pressão dos argentinos, e uma visível queda de rendimento dos dois times. Com um a mais, o Goiás ainda levava sufoco, com Saci e Ernando pouco produzindo, como se tivesse 9 em campo. Mas tiveram garra pra administrar o resultado, esbarrando na própria incompetência do Independiente. Vale destacar a torcida dos hermanos, mesmo sendo somente cento e poucos contra 40.000, fizeram um barulho imenso, cantando o jogo todo, amostra grátis do que o Goiás enfrentará na Argentina.
Agora, destacando novamente o papel da imprensa nacional nesse jogo, pra resumir em uma palavra: vergonhosa. Os principais noticiários destacando o jogo do Fluminense de domingo, a fila de torcedores pra comprar ingresso pra um jogo que faltam 4 dias! Matérias frias, reprises das locais sobre o confronto no Serra Dourada. Segundo me falaram, a Globo teve a capacidade de passar "Duro de Matar 4" pra Goiânia. O filme desperta meus "instintos mais primitivos" para com o tratamento pífio da mídia nacional com o verde.
Não tem nada ganho, pé no chão acima de tudo, o Goiás tem grandes condições de conquistar o título, e coroar um ano que até poucos dias atrás, era pra se esquecer.


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