Blog do Paullo Di Castro


segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Amor por Goiânia


Quem me conhece sabe do meu amor sincero, declarado, orgulhoso e de apego a cidade princesa do Planalto Central. Goiânia para mim não é só o lugar onde nasci, onde vivi toda minha vida, mas sempre será minha referência e meu lar do coração. Já falei das potencialidades dessa metrópole interiorana aqui, hoje queria dedicar a puxar um pouco de algumas minhas melhores memórias sobre quase três décadas nesse recanto moderno sem par.

Morava atrás do Correio Central, de fundo à Praça Cívica, ia lá brincar nas estátuas das 3 raças, assistir inúmeros desfiles cívicos que subiam a Avenida Tocantins, as posses de governo, cantatas de natal, shows gratuitos, a brinquedoteca da Biblioteca Municipal, tudo era festa pra um menino que se sentia o mais privilegiado geograficamente do mundo. Um dia, bem pequeno ainda disse a meus pais - Eu moro no centro do universo, (visão terrocentrista, rs), no centro da América do Sul, no centro do Brasil, no centro de Goiás, no centro de Goiânia, e meu quarto ainda é no centro do apartamento! kkkkkkk

Quando criança a Feira Hyppie se montava nas ilhas centrais da Avenida Goiás, era um carnaval de barracas azuis,  nunca gostei de feiras, a melhor lembrança não era delas, mas de coisas simples como as badaladas do relógio da Catedral, a arte déco, que mesmo antes de restaurações já embelezavam o centro, do comércio arrochado que parecia servir com exclusividades integralmente aos "poucos" afortunados" que moravam em um lugar tão privilegiado. Os peregrinos que iam lá só pra resolver a vida não aproveitavam como nós, moradores.

O Bosque dos Buritis, o chamava de meu quintal, lá estudei no Centro Livre de Artes, ia alimentar os peixes, andar por cada estradinha e trilheiro daquele recanto, nos dois lagos principais, andei de skate no estacionamento do Museu de Artes, acompanhava meus avós em caminhadas lá. Quem disse que criança de cidade grande não tem infância, é porque não sabe o que um paraíso verde em meio aos emaranhados urbanos pode fazer a um menino.

O Multirama era o point certo para brincar até falar chega, quando menor os cavalinhos de carrossel,  o trenzinho já faziam toda a alegria, a medida que crescia, ia preferindo me sentir o motorista mais poderoso em um carrinho de bate-bate, descer no tobogã, morrer de medo no trem fantasma, radicalizar na montanha russa simplíssima, que pra mim já era grande. o Zoológico, bem cuidado e sem mortalidade de animais, também era um programa que toda criança amava.

Idas ao Serra Dourada com meu pai eram experiências que só quem passou sabe a emoção de ver seu time entrar em campo, empurrado por aquela torcida de massa, em uma época que não existia pay-per-view, nem a procrastinação da cartolagem com o nosso futebol, e famílias iam ao campo sem medo, certo que era um ótimo programa, principalmente quando saia de lá vendo uma vitória fantástica.

Passear no Flamboyant era luxo, sair de lá com presentes momento raro, lanchar no McDonalds era ápice do consumo, ir ao cinema um feito extravagante. A vida podia ser apertada, mas felicidades como frequentar um clube no lugar mais longe possível, o Itanhangá, precisava pegar o ônibus, parar no ponto final e caminhar muitos metros pra chegar lá. Mas correr e nadar livre, brincar com minhas irmãs e fazer aquele programa de pai e filho era inesquecível.

Rotina de ir pra escola, pra igreja, tudo perto, acessível, compunham o cenário pra se gostar tanto daquele lugar e dessa cidade. Hoje muita coisa mudou, a cidade inchou demais, ganhou belezas maiores, habitantes de todas as partes do Brasil e várias do mundo. Mas nunca perdeu esse charme e jeito de ser fantástica, acolhedora, arborizada, tão próxima da capital federal, de águas quentes, de santuários ecológicos, confecções e tantos recursos naturais, humanos e estruturais, e com muito a crescer, a atender a demanda, diminuir as desigualdades, dentre muitos outros. Com garra, vontade política e popular, muito se pode ainda melhorar. Posso não morar aqui a vida toda, mas Goiânia não deixa meu coração jamais.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Fui mordido pela maça


Eu não tenho nenhum produto da Apple, mas isso não me faz imune a influência que trouxe essa marca para todo o mundo, pelo contrário, os que tenho, com certeza chegaram ao mercado impulsionados pelo caminho que esse gênio da tecnologia abriu. A marca que virou sua empresa, uma grife cobiçadíssima, não só por afccionados por novidades digitais, mas por qualquer mortal que saiba ter qualquer curiosidade e bom gosto sobre o facinante mundo tecnológico.

A Pixar, parceria de Steve Jobs com Steven Spilberg, também levou às salas de cinemas um novo conceito de animações, abrindo o leque do público infantil para todas as idades, quem não queria apenas ver os desenhos serem animados e contar uma historinha, se prendia na estética e nos efeitos impensáveis em um passado recente, tudo mudado agora por um empurrão dessa mente brilhante.

Mas o fato é que o mundo da maçanzinha mordida fez história e continuará fortíssima por muitos anos. Com várias idas e vindas no posicionamento de marcado da empresa, a grande guinada foi na virada do século, enfrentando um império conquistado pela Microsoft nos anos 90, onde Bill Gates reinava absoluto, e viu seu ex-sócio trazer novidades que seus produtos deixavam a desejar, sem dúvidas a maior inovação deles foi a portabilidade.

Quem já não viu um amigo ou colega chegar eufórico exibindo seu novo iPhone, que faz de tudo até ligar! Ou veio com aquele foninho cantarolando alguma das milhares de músicas que ele tem em seu iPod. Ou não viu aquele iPad fazer o seu livro parecer a coisa mais obsoleta do mundo? Você só se perguntando - Quando eu vou ter um desses? As vezes você não possui realmente acesso a essas maravilhas, mas a guerra que faz a concorrência oferecer produtos similares mais acessíveis te fazem não ficar tão por fora, mas de qualquer jeito, Apple é Apple, como já refleti aqui.

Com tantas realizações, inovações, designs maravilhosos e desafios à modernidade, Steve Jobs em 56 anos deixou um grande legado para a humanidade, não vale a pena falar de sua debilidade física dos últimos anos, justo em momentos de maior acirramento no mercado, o comandante dessa grande revolução descansou, deixando pra trás sonhos e desafios cada vez maiores para todos. Com tudo isso, independente de ter um aparelho que tenha aquela fruta, fui mordido por essa maça.

" Ser o homem mais rico do cemitério não me interessa, ir para cama toda noite dizendo que fizemos algo maravilhoso, isso é o que importa para mim."
Steve Jobs