Blog do Paullo Di Castro


quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Buscando ser melhor



Nesse ano novo eu queria me espelhar em algumas pessoas para me tornar um melhor ser humano. Temos bons modelos a serem seguidos, exemplos positivos não faltam. Deus quis que alguns homens fossem destacados para nos dar esse modelo. Apesar de serem pecadores, foram usados grandemente e tem suas histórias perpetuadas pela Bíblia.

Queria ser um homem de fé como Abraão. Não é qualquer um que daria seu único filho, gerado na velhice para ser sacrificado por ordem do Senhor. Como Hebreus 13 nos atesta, o grande patriarca tinha uma fé imensa, também capaz de sair de sua terra, pegar todos os seus bens e sua grande família e ir para uma terra que Deus havia de mostrar. Queria essa fé!

Queria ser alguém como Jacó. Destemido a ponto de lutar com o Senhor para ser abençoado. Levantar um lugar que seria conhecido como casa de Deus parece sobrenatural. Trabalhar 14 anos para se casar com a mulher que ama, e ainda ter uma prole de filhos que originariam os territórios de seu país. Queria ser homem de atitude assim!

O que falar de José? Virar um quadro como ser traído pelos irmãos para confiar em Deus e receber dons de interpretar sonhos e alcançar o segundo maior posto de onde está! Ainda vencer tentação tão forte e se manter íntegro em tudo. Salvar sua família da miséria e dar vida melhor pra todos, como não querer ser como José?

Outro nome inevitável é o de Moisés. Ser salvo da morte após nascer, protegido da filha do faraó e com sua própria mãe cuidando. Mesmo gago ser enviado por Deus para tirar o seu povo de um cativeiro e os conduzir para uma terra prometida. Receber a lei do Senhor e liderar todo o povo para seus caminhos. Queria ser um líder como Moisés!

Que fantástico ser como Samuel! Filho de infertilidade que foi prometido ao Senhor e desde pequeno crescendo na casa de Deus aprendendo com o Sacerdote do templo. Ser um juiz que unge o rei, e depois escolher outro rei ouvindo o Senhor olhando para o coração e não a aparência. Queria crescer como Samuel!

Queria ser abençoado como Davi! Ser ungido em meio aos irmãos mais velhos, herdar um reino problemático e o administrar com excelência e vitórias contra os inimigos. Escrever tantos belos salmos mesmo em meio à dor reconhecendo o poder de Deus em tudo. Queria ser chamado de homem segundo o coração de Deus!

Queria orar como Daniel! Em meio a uma prisão se mostrar um servo fiel e não deixar de adorar a Deus em circunstância nenhuma. Ser liberto de leões famintos e conseguir sair de uma fornalha de fogo aquecida mais sete vezes sem nada, ainda interpretar sonhos. Queria ser um jovem como Daniel!

O ministério de Paulo foi fantástico. Plantar tantas igrejas, escrever tantas cartas que são livros bíblicos, pastorear e acompanhar tantas pessoas e líderes de potencial, tudo isso após cair do cavalo para deixar de perseguir cristãos para se tornar um dos maiores dele. Queria ser um missionário como ele!

Nenhum personagem seria um espelho perfeito, exceto Jesus. Em Cristo sim temos todo o modelo de fé e prática que precisamos. Andar sobre a terra sendo Deus, mas sofrendo as mesmas privações de homem, como de fato também era e nos dar o maior exemplo de amor do mundo, em totalidade também em gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e temperança. Não há ninguém melhor para se seguir!

Fui feito como sou, “mas eu sou o que sou, tenho um coração, um grande sorriso e uma linda canção, se Deus me fez assim, assim vou louvar.”, já dizia a famosa canção infantil. Mesmo com tantos referenciais bons tenho que lutar para fazer diferença para a glória de Deus onde estou, sendo quem eu sou.

Deus me tem dado tanto, o que me falta para ter ser alguém como eles?  Quem ponha em prática a sua palavra. “Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios. Salmos 90:12. Feliz novos dias!

sexta-feira, 21 de março de 2014

Meu eu

Sou único, mas sou só mais um.

Nasci no mesmo dia que muita gente, mas meu gene é diferente;

Envelheço a cada dia, mas ganho maturidade a cada a avanço de idade;

Passo nos mesmos lugares, mas sempre descubro novas partes;

Avanço algumas casas, mas o dado pode não dar o número de forma clara;

Enfrento muitas dificuldades, mas as portas escancaram em oportunidades;

Conheço sempre pessoas novas, mas os defeitos se inovam;

Erro muito tentando acertar, mas o alvo pode mudar de lugar;

Me alimento de muitos aperitivos, mas me sacio com poucas mordidas;

Pedi novas chances, mas o que me foi dado foram experiências;

Acredito em piores dias, mas com maiores ousadias;

Melhoro minhas atitudes, mas acredito mais nas virtudes;

Planto sementes, mas a colheita só ficará fora da minha mente;

Terei filhos, livros e árvores, mas o maior legado não será esse;

Sou filho do maior amor do mundo, amor maior que tudo!


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Minha maioridade na vida ON LINE


Fui voltando uns anos atrás e lembrei um pouco dos meus primeiros contatos com o mundo virtual. Era 1995, eu um molecote de 11 para 12 anos, e pela primeira vez na vida tive um computador em casa. Nem internet inicialmente tinha. Minha irmã, bem mais sedenta por contatos extra pessoais, era a titular do desktop. Eu me contentava em ficar com os horários que sobravam, tomando contato com os primeiros navegadores. O Explorer estava se lançando como a única opção. Windows 95 era a última palavra em tecnologia. Bill Gates reinava.

Com os sites de busca, a desculpa por usar tudo para pesquisa escolar era ótima. Era época do Cadê, o Google não tinha crescido ainda. As enciclopédias virtuais eram interessantíssimas, um mundo novo em um CD-Rom, coisas que hoje facilmente se hospeda em um único site ou se carrega em um pen drive

A primeira conversa no ICQ, o percursos do já extinto MSN, foi fascinante. Conversar com um colega em tempo real, entrar em salas pra conhecer pessoas em qualquer lugar do mundo parecia um trem doido demais. E os jogos? Nunca fui viciado, joguei muito moderadamente, mas os poucos que tinha já me deixavam feliz!

Depois vieram as redes sociais, ah as redes sociais. Demorou muito, lá pra 2003 que descobri o MSN. Foram listas incontáveis de bate papo, mas que rendia mesmo só com poucos. Em 2004 veio o Orkut, que sensação! Que mundo novo, com todo mundo entrando, aquelas pessoas que não via tinha tanto tempo! Podendo postar fotos, deixar depoimentos, mensagens privadas, tudo muito fascinante!

Em 2008 descobri o twitter, de longe minha rede social favorita. Era muito legal exercer o poder da síntese, e passar mensagens em até 140 caracteres. A interação era muito bacana e a chegada de informações melhor ainda. Um ano depois entrei no Facebook, não fui com a cara dele incialmente e não imaginei que ele tomaria o lugar do Orkut, até em proporções maiores na preferência do brasileiro.

Aí veio o Instagram e Whatsapp e revolucionaram definitivamente a conexão móvel nas redes sociais. Em era de tablets e smartphones o uso do Desktop e até de notbooks vai ficando em segundo plano. São tantos elementos agregadores, novidades que desafiam as inovações dos fabricantes, e segue “a tecnologia resolvendo problemas que não existiam antes dela.”

Completar mais de 18 anos no mundo virtual trás reflexões importantes. Qual o uso que tenho feito dele? Quando o lado profissional atropela o real e passa pela futilidade de coisas inúteis, ao lado de coisas interessantes e edificantes? São perguntas que não tem resposta certa, mas provocam desafios para esses mundos tão paralelos e inseridos em nossa sociedade. O tato e contato com as pessoas ainda não foi substituído. As ferramentas tecnológicas seguem apenas como agregadores para nossa existência.




terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

A ditadura da IMAGEM

        
Vivemos tempos em que o trabalho em comunicação tem sido transformado por uma nova abordagem que tem ocupado o espaço do texto tradicional, ou mesmo de grandes reflexões em análises científicas e literárias. Com o advento de mídias móveis, a facilidade do registro de um momento por fotografia e filmagens, seja em baixa ou alta qualidade cresce a olhos vistos, tudo muito acessível a todos. Agora é tempo de imagens serem protagonistas em várias linguagens de comunicação.

As redes sociais com certeza são uma mola propulsora para essa realidade. O Facebook cresceu em especial no Brasil com seu designer clean e que privilegia a postagem de muitas imagens. Depois vieram mídias como o Instragram, que prioriza totalmente o compartilhamento de fotos e micro vídeos. O que temos visto é que vale mais registrar o visual, o conteúdo é o de menos. Até o Twitter que sempre priorizou o texto em 140 caracteres, depois abriu pra exibição de imagem anexa na postagem.

No whatsapp a sensação é passar os vídeos populares ou feitos na hora, tudo bem rápido. Isso substituiu de alguma forma as correntes de e-mail que tanto poluíam nossa caixa de entrada. Agora tudo chega direto no celular em forma de vídeo. Outro ponto forte da rede é a instantaneidade do bate papo com a praticidade que mídia nenhuma tinha conseguido criar.

Profissionais de criação gráfica passaram a trabalhar agregando um pequeno texto a uma imagem, e isso com o apelo visual rende muito mais visualizações que um texto corrido. Isso tem mudado e muito o marketing digital. Jornalistas e articulistas tem perdido espaço em só usar a escrita. Em assessorias de comunicação o que se tem pedido é uma enxurrada de fotos e vídeos, e quando o assunto é muito importante, se pensa no texto de reportagem.

Por mais belas que sejam imagens trabalhadas e, por mais fascinante que seja subir uma foto ou um vídeo na hora do acontecimento, a pobreza de ter apenas um enunciado explicado o momento perde e muito na clareza e riqueza de detalhes que só um texto pode trazer. Substituir o conteúdo discursivo por meras imagens é um caminho preocupante.


Hoje o caráter argumentativo que internautas praticam rendem muito mais meros comentários rasos em redes sociais do que o discurso elaborado, com começo, meio e fim. A formação intelectual do indivíduo empobrece com esse padrão de privilegiar imagem. Fotos e vídeos comunicam diversas coisas, mas até elas dependem de um roteiro que se não for agregado dará margens pra interpretações que poucas vezes vão comunicar todo o valor que pode ser explorado. 

Certas imagens pode até falar mais que palavras, porém em um contexto geral, palavras sempre falarão mais que imagens!