Blog do Paullo Di Castro


terça-feira, 25 de abril de 2017

Eles são nós


 
Te convido a adentrar um pouco mais o Brasil, não, não estou falando de distância, de lugares inóspitos, nem aventuras selvagens que a gente vê em documentários e reportagens especiais na televisão. O convite é para conhecer um pouco mais de uma etnia ao nosso lado, que chegou aqui antes da gente. Dia 19 de abril foi comemorado o Dia do Índio, esse pioneiro brasileiro que pouco conhecemos além de noticiário de ocupações e demarcações de terra, conflitos, e por vezes, em caráter de exceção, alguns que concluem cursos superiores em meio ao mundo branco que os rodeia.
 
 
Mais precisamente, falemos de uma terra ao sudoeste do Mato Grosso do Sul, próximo da fronteira com o Paraguai. Ali vivem índios caiuás, ao longo da rodovia a aldeia vai se alargando com suas casas e um povo simples e muito cordial, mantendo sua cultura, enfrentando seus problemas e vivendo e nos ensinando preciosas lições.
 
Misturando o caiuá, o guarani, o português e até o espanhol, vemos os poliglotas expressarem com vasto vocabulário suas raízes em uma pluralidade de sons nas conversas, musicas, gritos e risadas das crianças, olhares atentos dos jovens, sorrisos tímidos das mulheres, seriedade dos homens e serenidade dos idosos. Gente como a gente!
 
 
 
Em meio a aldeia, temos uma encantadora terra de verde em abundância, com seus pés recheados de diversas frutas, um portal ali avisa que está a Missão Caiuá, com pedras estrategicamente colocadas abaixo de majestosas árvores, trilhando um caminho convidativo. Nomeada de Aldeia Taquapery, entre os municípios de Amambai e Coronel Sapucaia, esse recanto se mostra bem melhor que a encomenda.
 
Jorge, Bia e Ângelo são uma família amorosa, liderando aquele pessoal com esse trabalho de mais de 80 anos, iniciado por americanos. Levando mais do que esperança, amparo ou presentes; eles levam o amor de Deus, de onde que não existe barreiras culturais, mas é unificada por quem nos une primeiro.
 
Ore pelos povos indígenas! Especialmente pela Missão Caiuá, para que esse povo continue conhecendo o dono da terra, Autor da vida, que nos ama independente da etnia, língua, se na cidade ou na aldeia.

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